Ainda nesse tema das motivações. Sexta à tarde, chegando do trabalho, abraçado a três ou quatro livros, dei uma passada no banco para ver se continuava tudo no azul. Ao lado da agência, atravessando a rua, no boteco do Carlão, o Helinho e o Lipa estão sentados numa mesa, do lado de fora do bar. Há mais alguém ali, que não conheço. Sobre a mesa, alguns copos plásticos e uma garrafa dois litros de Fanta (?). A turma me cumprimenta e eu respondo, meio apressado, antes de entrar na agência. Na saída, vejo que o Lipa já está pegando a bicicleta para ir embora, ele talvez mais magro que a própria “magrela”. Aí o Hélio me sai com esta: “Dil, escreve um livro pra mim?” Pego de surpresa, faço eco da pergunta: “Um livro?”. Ele confirma. Confuso (talvez ele estivesse me confundindo com o Maninho, nosso prolífico – nos dois sentidos – poeta local), respondi que sim, faria. E tudo conspirou para que este blogue nascesse. Poderia agora responder melhor ao Helinho: “Xá comigo!”