Cartazista melhora a indicação de seu endereço e inicia movimento de renovação urbanística

No disco de 2006 da banda blumenauense Stuart (de “punk brega”, segundo definição de seu cabeça, Gustavo Kaly), há certa canção sobre uma banda que está na bica de participar de um show de hardcore. O problema é que, naquele corre para divulgar o evento, o lote de cartazes encomendado da gráfica saiu péssimo. “Precisamos de meninas bonitas para aplaudir as nossas músicas, mas quais as meninas bonitas que irão com cartazes feios?”, questiona o líder do grupo, para depois concluir que o desfecho não poderia ter sido outro — afinal, “postes feios merecem cartazes feios”.

A verdade é que os postes, ainda que absolutamente necessários, carecem de estética. Não falamos, naturalmente, dos mais ornamentais, que às vezes vemos iluminar com garbo e dignidade as praças e os calçadões à beira-mar. Falamos dos trambolhos que se enfileiram à margem de nossas ruas e avenidas — desempenhando papel relevante, não há dúvida, mas de um modo que os torna um estorvo urbanístico e um espetáculo triste ao olhar.

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