Cerco se fecha sobre o utensílio de plástico. Na ilha de PB, o combate a esse inimigo já é regra desde 2016

A noite de sexta-feira chega sem que ninguém queira requentar comida para o jantar. Cecília, então, propõe a solução: “Comer um hambúrguer na Bel!”. Como manda quem pode, obedece quem tem juízo, partimos a família toda até a Bodega do Porto, encontrando-a ainda em início de expediente. Cumprimento o Carlos à boca da chapa, a Isabel com seu bloquinho de notas, e sigo para a geladeira à esquerda do balcão (o casal vende bebidas em regime de self-service). Depois de garantir a cerveja para a gente e os refrigerantes para dona Eli e Cissa, vou até o balcão buscar os copos. Levo a mão até o suporte onde estão os canudinhos de plástico para os refris quando ouço a Bete protestar: “Canudo não, né!”.

O episódio, trivial, demonstra como os canudos de plástico caíram em desgraça. Assim como as sacolas de supermercado, foram alçados à condição de inimigo público número um do meio ambiente — em especial, da fauna marinha. Uma má fama que começou a ser construída em 2015, com a divulgação na internet de um vídeo em que biólogos suam para extrair um canudo de dentro da narina de uma tartaruga marinha.

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