Categoria: Tradição

Unidos de Porto Belo aquece os tambores

Escola de samba propõe “jogar tinta na avenida”com enredo inspirado em Suely Beduschi

Noite de domingo, 22h24. Nenhuma brisa sopra as folhas das árvores na Praça da Bandeira, centro de Porto Belo. Na ponta do quadrilátero, o popular Ica troca gestos afetuosos com um sujeito para lá de Bagdá enquanto que, em frente ao Carlão (bar), os instrumentistas da escola de samba Unidos de Porto Belo ouvem as instruções do diretor de bateria antes de reiniciarem o batuque.

Carlinhos Ribeiro, o maestro da agremiação, parece tenso. Um pouco antes, ele havia me dito que os ensaios começaram tarde, em comparação com o Carnaval anterior. Mais especificamente, no mês de outubro do ano que passou, enquanto que, em 2017, o trabalho começou em agosto. Mesmo assim, foram realizados até aqui 40 ensaios — uma maratona. O desfile está a cinco dias de distância e possivelmente haverá apenas mais um treino antes de estrearem na avenida.

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Cozalinda pulará o Carnaval na companhia de “Cabeçudos”

Alegorias serão a principal novidade do bloco na folia deste ano em Porto Belo

Noite de quinta-feira, 24 de janeiro, centro de Porto Belo. No Espaço Bonequiando, ateliê de arte cerâmica do casal Patrícia e Miguel Estivallet, está havendo serão. O motivo é a transformação extraordinária do local em oficina de bloco carnavalesco, uma vez que dali sairá a principal novidade do Cozalinda para o Carnaval deste ano em Porto Belo: os “Cabeçudos”.

Rádio sintonizada na emissora comunitária local para fugir à Hora de Brasília, cervejas para espantar o calor e trabalho em regime de mutirão, aos poucos as alegorias ganham forma (serão necessárias mais algumas noites até que fiquem prontas).

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Praia coberta de prata

Se em 2005 os cardumes passaram longe da costa bombinense, preferindo as malhas em alto-mar da frota industrial, neste ano de 2006 a temporada de pesca de tainhas começou cedo e foi, nos primeiros dias, marcada por surpreendente abundância. Maio, um mês desfavorável a esse tipo de pesca por ser normalmente quente, trouxe frio e muito peixe para os costões e praias do município. A comunidade fartou-se de tainhas e os turistas ocasionais divertiram-se acompanhando os nativos nos arrastões, molhando as canelas na beira d’água e emprestando braços para facilitar a tarefa de puxar as redes para terra. Dentro delas, centenas de corpos frenéticos tingiram a praia de prata nesse maio atípico, de safra recorde. Mas, em junho, o ímpeto diminuiu.

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Mick Jagger no Terno de Reis

Imediações do “Beco do Amadeu”, 3h45 de quinta-feira. Dezenas de “Cálix bento” e “Papagaio pena de ouro” depois, o pessoal já acusa o cansaço. Mesmo assim, ainda há um evidente clima de diversão, demonstrado nas trocas de olhares que parecem compartilhar uma piada secreta.

Mais importante: todos sentem o alívio de terminar a noitada de Reis com dignidade, após três tiros n’água que nos fizeram suspeitar de que havia um “Mick Jagger” entre nós.

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